domingo, 27 de junho de 2010

AMUN 2010 no Modeleiro!

E começou, minha gente! O Modeleiro começa a desbravar as designações do AMUN para trazer a você, leitor, modeleiro e representante do mundo, uma clara idéia de como vai ser esta edição de um dos modelos mais tradicionais do Brasil. Em outras palavras, é um pouco de fofoca modeleira que não faz mal a ninguém.

Sem mais delongas vamos às informações que a KGB já conseguiu recuperar:

France – Universidade de Brasília

EUA – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

United Kingom - UFMG + PUC Minas

Russian Federation - USP

China - PUC-SP

European Union + Sweden - USP

North Korea – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mexico Universidade Federal de Uberlândia

Iran – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Denmark – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Israel – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Brasil – UniCEUB

Indonesia – Pontificia Universidad Católica Del Perú

SpainUniversidade de Brasília

Norway Universidade de Brasília

Iceland – Universidade de Brasília

Australia – Universidade de Brasília

New Zealand – Universidade de Brasília

Cook Islands – Universidade de Brasília

Pakistan – Universidade de Brasília (Ciências Políticas)

Myanmar – Universidade de Brasília (Ciências Políticas)

Cameroon – Universidade de Brasília

Djibouti – University of Guyana

Lesotho – University of Guyana

Uganda – University of Guyana

Singapore – Beijing Foreign Studies University

Italy – UnB + UniCEUB + UDF

Canada – UnB + UniCEUB + UDF

Por enquanto é só. E, POR FAVOR, enviem a sua designação pra gente quando souberem. Podem usar os comentários do blog ou a hashtag #modeleiroAMUN no twitter. Lembrando que pedimos que enviem a(s) Universidade(s) e o(s) País(es).

ATUALIZAÇÃO: JÁ TEMOS TODOS OS P5 [Nogueira, 22h33]

ATUALIZAÇÃO 2: BRASIL ADICIONADO [Nogueira&JP, 00h17]

ATUALIZAÇÃO 3: PUC-Peru e UnB [JP&Nogueira, 13h55]

ATUALIZAÇÃO 4: UnofGuyana&BFSU [JP&Nogueira, 00h16]

ATUALIZAÇÃO 5: Italy&Canada [JP, 01/07]

sexta-feira, 11 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

O Livro Vermelho do TEMAS

Passaram-se mais de três anos desde que este blog teve um de seus momentos de maior efervescência. Naqueles tempos eu, escondido, observei muito caladinho a modelândia discutir a si mesma, revestida de uma surpreendente capacidade de autocrítica. Um jornalista deu o primeiro passo, há anos atrás, agora outro jornalista volta ao assunto.

Pra quem não sabe do que eu estou falando, refiro-me ao post "Porque o TEMAS vai acabar." O post foi publicado, repercutiu violentamente, provocou uma retratação do autor e continuou repercutindo. Agora, tendo assumido a coroa do czar, acho razoável dar o pontapé inicial pro debate, naquele mesmo molde. É importante frisar que o cenário da modelândia brasileira é outro. O TEMAS, modelo que serviu de base para o post, passou por mudanças brutais. Muitos dos modeleiros envolvidos no debate já não simulam mais, outros hoje são diplomatas, inclusive, e isso talvez seja assunto para um post futuro.

Hoje o TEMAS é um modelo independente. Muitos outros modelos no Brasil seguem esse formato, e a SiEM é um grande exemplo disso. Temos frutos excelentes dessa independência: não ter as amarras institucionais que limitavam o modelo em muitos aspectos é o principal deles. Mas amargamos muitas dificuldades por isso. Conseguir patrocínios é difícil. Tocar uma conferência acadêmica sem o respaldo de uma instituição acadêmica é ainda mais complicado. É uma opção que o modelo fez para si. O assunto volta frequentemente à pauta nas mesas do Stadt Jever e das outras choperias de BH onde os temáticos se reúnem. Nossa realidade é essa, escolhemos assim.

Hoje o TEMAS é, também, um modelo aberto ao estrangeiro. É mais fácil tomar essa decisão quando a única instância institucional que precisamos consultar somos nós mesmos. Na última edição tivemos só um diretor não-mineiro. E aqui preciso abrir um parêntese.

Ao escrever essa sentença me dei conta do quanto esse conceito se transformou radicalmente desde o post do Cedê. Antes, os estrangeiros eram os não-Pucminórios. Hoje, os estrangeiros são os não-mineiros, porque os estudantes de fora da PUC-MG são uma parcela muitíssimo expressiva do Staff do TEMAS. Basta dizer que no secretariado do TEMAS 7 só existe um aluno da Pontifícia. No ano passado, os externos eram quase 50% do staff. Este que vos fala, agora Secretário-Geral, é aluno da UFMG. Como o TEMAS deixou de ser um modelo daquela universidade e escolheu tornar-se o modelo das Minas Gerais, é bastante razoável que essa abertura seja uma característica da sua formação. Fecha parêntese.

Passada essa enorme introdução, quero revisitar os tópicos originais que o Cedê criou. São quatro. Sejam pacientes, vale a pena.

1. A proliferação desenfreada de modelos continua sendo uma realidade. Os colégios com alunos muito interessados estão firmes em suas convicções de manter os modelos internos, alguns já com seis ou mais edições. Modelos maiores também continuam a surgir. Faço parte do staff de um deles, que criou muita polêmica na modelândia do Sudeste, mas está lá, firme e forte, e dá todos os sinais de que vai acontecer: o SPMUN.

O TEMAS já não tem mais o monopólio dos comitês ousados, já que a SiEM se profissionalizou no assunto. Esse tipo de comitê, apesar de tudo, continua sendo um enorme desafio para nós, já que precisamos mediar relações com os delegados que ainda torcem o nariz para a volta ao passado e gostam mais do tradicional. Queremos ser o parque de todas as brincadeiras.

O post me lembra aspectos que, infelizmentem já não fazem mais parte da realidade temática. Uma delas são os artigos. Fazer uma publicação acadêmica em um modelo independente é complicadíssimo, por motivos que nem sequer é necessário listar. Apesar disso, o TEMAS ainda se esforça para fazer guias bastante aprofundados e trabalhados. Acredito que estamos no caminho certo, dentro das nossas possibilidades. O desafio agora é avançar. E esperar pra ver até onde vai essa proliferação de modelos.

2. Bairrismo. Agora estou pisando em um terreno bastante complicado, vamos lá. O TEMAS tem orgulho de ser o TEMAS. Não é à toa que achamos o máximo ver o Celso Amorim usando o pin do evento [mesmo sabendo que ele só vestiu a jóia porque era um triângulo das Minas Gerais, ele certamente mal faz idéia do que é o TEMAS =P], que andamos por aí carregando bandeiras de Minas e somos inteiramente devotados ao modelo que é nossa casa. Mas estamos nos esforçando para mudar o enfoque do bairrismo que afastou tanta gente. Nossa idéia é trazer muitos e muitos para isso que criamos e achamos tão extraordinário, e não apartar o mundo daquilo que é só nosso.

Apesar disso o TEMAS ainda amarga aquela mesma imagem que o Cedê descreveu no post original. É um modelo difícil? Não, não mais que os outros. Sabe-se lá porque o evento ainda tem essa etiqueta, mas tenho certeza que já perdemos muitos delegados por causa dessa dificuldade. Ouvi isso da boca de pelo menos um deles: Não vou ao TEMAS porque é um modelo difícil. Como lidar?

A renovação é uma bandeira explícita do Cedê. Ele sempre 'militou' por um mundo de modelos mais aberto aos novatos, por abordagens que abram mais portas para os neófitos. É daí que vem, por exemplo, este didatismo sugerido. É daí que vem também a montagem da Senate Simulation. Modelos ainda resistem muito em alterar suas formas mais básicas. Como renovar, então?

De casa posso dizer que o Secretariado, desde o TEMAS 5, [digo isso por estar por dentro da coordenação desde então e, por isso, conhecer as estratégias] se esforça para estar aberto tanto àqueles que nunca discursaram, nem sequer na frente do espelho, até os MUNfreaks com quarenta modelos. Selecionar comitês, planejar divulgação, tudo é orientado por essa dupla pegada.

3. Contra a maré. Problem solved. Nosso modelo une as duas maiores faculdades da cidade. Ainda temos um grande centro de RI em BH que precisa ser integrado, e sobre isso o futuro se pronunciará. Precisamos dos modeleiros de outras cidades para dizer como está a integração institucional em suas terras.

4. A Bomba. Bem vindos ao futuro. A bomba explodiu. Hoje é muito comum CHEGAR AO MINI-ONU com quatro modelos. O do seu colégio e alguns outros da cidade. É perfeitamente possível, no maravilhoso mundo dos modelos internos, ser diretor aos dezesseis anos, Secretário-Geral aos dezessete e chegar à modelagem no Ensino Superior com dez ou quinze modelos na vida. Deturpação? Banalização? Não sei. Ainda não tive tempo de balancear o quanto isso influencia na compreensão que delegados hiperexperientes têm do que é a modelagem e simulação ou dos assuntos que discutimos nos modelos. Não sei sequer se eu mesmo domino razoavelmente essas compreensões. Mas a realidade é essa. Qual o impacto disso pra nós, todos nós, modeleiros?

Sobre o disclaimer que o Cedê fez na retratação, não vou me pronunciar. Quero deixar claro que usei o post como uma alavanca para desenvolver algumas análises. Não quero entrar nas questões institucionais de outrora, porque eu não fazia parte daqueles debates e dava meus primeiros passos na modelagem em Ensino Superior no momento do post. Essas questões institucionais hoje são outras, inclusive. E, como ele mesmo diz na retratação, o TEMAS está sendo usado como um ícone para pensar a modelagem nos país todo, repercutir as diferenças e observar as semelhanças. Como ficamos?

Encerro o post por aqui, porque já ficou grande demais. Por demanda, posso fazer uma continuação. Recebam aí os mais intensos abraços do Editor/SG =D.