Como abordado num post recente, é da índole humana julgar e manter idéias sobre o outro. Há, nas relações internacionais a Teoria Cognitiva, puxada da Psicologia, para estudar este tipo de comportamento em negociadores, independente da esfera (Organizações Internacionais, empresas transnacionais, Estados etc).
Então, sabe aquele cara chato ou aquela menina insuportável que você conviveu num comitê da AMUN anos atrás? Ou aquele Diretor que nunca te reconhecia num debate moderado na UFRGSMUN? Ou mesmo quando você era Diretor e achava melhor ignorar aquele delegado fanfarrão, em prol do seu tão suado guia de estudos?! Como encarar esse sujeito no próximo modelo?
É de dar um suadouro quando se vê um mala numa cerimônia de abertura e você não sabe se ele pode estar no seu comitê. E se ele estiver? E se ele for seu "aliado"?
A Teoria Cognitiva, diz que há uma tendência nessa construção de imagens negativas do outro. Tanto por causa de situações específicas, quanto por motivos inerentes àquela pessoa. Erros recorrentes também podem levar a "picuinhas eternas" entre as partes. O que não significa que se aquele delegado que você achou um porre defendendo os Estados Unidos no CSNU num modelo passado, seja também um porre defendendo os Estados Unidos no CDH hoje. Fatores externos (como a política externa concernente a certos temas) e fatores internos (como o gosto por determinados assuntos por tal delegado) podem levar a resultados diferentes.
Sendo assim, a persistência das imagens negativas podem se dar por vários motivos, como a própria tendência humana de uma pessoa se achar sempre mais correta do que a outra, por falhas de interpretação do discurso alheio ou mesmo não gostando da cara da pessoa.
Concordo que realmente tem gente que não gostaria de ver em comitês que eu participaria nunca. Mas vale muito a pena sair da sala, deixar a imagem do delegado chato pra trás e ver que o "delechato" pode ser, na verdade, uma pessoa bem legal. Afinal, os momentos fora de comitês podem ser muito mais frutíferos do que cessões empacadas (um coffee break ou um get together num quarto de hotel).
E se a pessoa for mesmo um pulha, há de se ter paciência. Apoiar quando tiver que apoiar (no caso de um aliado), escurraçar quando for conveniente. Porque na vida, sempre existirá um maldito Berlusconi te infernizando (e a vida imita os modelos - ou os modelos imitam a vida?)!
"Ou mesmo quando você era Diretor e achava melhor ignorar aquele delegado fanfarrão, em prol do seu tão suado guia de estudos?!"
ResponderExcluirEspero sinceramente que ninguém sequer pense em colocar em prática esse absurdo. Essa é uma das piores atitudes que um diretor pode ter.
e não é por acaso que essa questão surgiu durante o encerramento de um dos modelos da UnB, onde, devido ao domínios dos outsiders, a relação entre delegados e " mesarios" está cada dias mais impessoal.
ResponderExcluirhá de se pensar...
(Tito)
Como dito, é inerente ao ser humano uma infinidade de ações e reações.
ResponderExcluirConcordo que não deva acontecer, mas é inegável que já aconteceu muitas vezes e há grande probabilidade de continuar acontecendo com algumas pessoas.
Mas o pior de tudo é aquele, staff ou delegado, que se acha sempre acima do bem e do mal..
Discordo do estigma criado ao redor de delegados/diretores da UnB!
ResponderExcluirNão creio que a relação entre diretores e delegados esteja cada vez mais impessoal, não pelo menos na SINUS. Se querem saber, a maioria das pessoas da UnB desconhece completamente essa cultura modeleira e esses estereótipos que são lançados sobre nós, modeleiros da UnB. O que observei foi uma integração muito grande entre diretores e delegados na SINUS, algo que creio não ser exclusivo da SINUS. Imagino que outros modelos secundaristas devem ser assim também, com muita integração entre delegados e diretores.
Com relação ao nosso modelo universitário, o AMUN, vejo a relação acontecer de maneira natural, nada demais. Não que o post do André tenha dito isso, mas só acho que as pessoas deviam começar a deixar o povo da UnB em paz, isso já é coisa fora de moda ficar nos estereotipando.
E tenho dito.
Abraços e espero todos no AMUN, prometo que só seremos impessoais quanndo necessário! =D
Na verdade o post é sobre uma teoria da vida real, sendo colocada nos modelos em geral, nenhum em específico =)
ResponderExcluirSim sim André! =D
ResponderExcluirComo disse, você não fez referência nenhuma.
Abraços
pois se há este estigma contra a unb, não é atôa. foi-se o tempo em que até o secretário geral ia aos encontros de delegados da SiNUS, hoje o secretariado mal sabe quem eles são. mas creio que isso pode mudar! nessa nova geração que está entrando na unb, e que tomará conta de seus modelos, vejo muita gente realmente motivada e disposta a ressuscitar a cultura de modelos na unb.... que assim seja.
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