“Modelos e TI” é uma série de posts sobre a aplicação da tecnologia aos modelos. Os posts anteriores podem ser vistos aqui e aqui.
Desde o primeiro post dessa série, muitas coisas já mudaram. Além do advento dos laptops e da internet sem fio como ferramentas importantes em modelos, há agora uma segunda onda de tecnologia: a do conteúdo.
Calma, doutores, eu explico. Na época em que eu comecei no mundo dos modelos (lá pra 2005/2006), o máximo que se podia encontrar sobre determinada simulação na internet era o site oficial, quiçá algumas fotos e, com alguma sorte e esforço, o respectivo artigo na Wikipédia. Agora, temos uma proliferação de blogs, imagens e vídeos, criando um ambiente mais rico e mais diverso para os que querem se informar acerca do mundo modelístico, além de agradar aos delegados habitués.
Independentemente de onde isso tenha começado, a publicação de conteúdo que não possui a formalidade de um site oficial é muito mais atrativa, do ponto de vista dos delegados. Além disso, a informalidade proporcionada por um blog dá flexibilidade à organização, que acaba por atualizá-lo mais freqüentemente. Some-se a isso o fato de que inserir conteúdo em um blog é absurdamente mais fácil do que em um site tradicional e veremos que esta é uma plataforma muito interessante para qualquer modelo, tanto para sua divulgação quanto para os organizadores.
Os vídeos de modelos são um caso à parte. Na minha época – falou o velho – nem se falava nisso. Pelo que eu me lembre, a primeira vez que vi algo do tipo foi na SiNUS 2006, cuja cerimônia de encerramento teve um vídeo com imagens do modelo e uma trilha sonora – se não me engano, Walk On, do U2.
De lá pra cá, muitos modelos adotaram vídeos como método de divulgação, atrativo de delegados ou como parte das cerimônias de abertura e encerramento.
Sim, esse é o Nogueira ;)
Além desses, temos vídeos específicos de comitês, utilizados para divulgar o tema simulado:
Ou até mesmo como meio de deixar uma crise mais real:
As possibilidades são infinitas, e fico curioso para saber como a comunidade modelística utilizará isso no futuro.
Back in 2002, no meu primeiro modelo, usei um vídeo de 7 minutos como documento de trabalho. Acho que nunca vi acontecer em um modelo de novo...!
ResponderExcluirTI facilita bastante, mesmo... essa área da propaganda pode ser muito melhorada, inclusive para arrecadar patrocínios (futuramente).
ResponderExcluirTess, realmente não vi nada do tipo acontecer... Posso indagar qual era o vídeo? :)
ResponderExcluirGEEEENNNTE
ResponderExcluirolha o vídeo da SiNUS 2006!!!
não sabia que isso existia no youtube
Massa, ei, eu vou começar. Quer dizer, vou tentar começar a fazer simulações agora. Pra ensino médio. Vcs podem me dar dicas de, tipo, onde procurar? Se algum modelo tem vídeo como esses ou sei lá algum lugar pra procurar? Porque eu vi todos esses vídeos e eles são antigos ou pra faculdade (Temas é faculdade, né?). Falaram antes num post de adotar um delegado, ninguém pode me dar umas dicas não?
ResponderExcluirobs: Desculpa se pareceu retardado!
Jéssica,
ResponderExcluirDos vídeos postados aí, somente o TEMAS é modelo para ensino superior, e o único "velho" é o da SiNUS, que é de 2006.
Ambos os do ONU Jr são da edição de 2008, para você ter uma idéia. No YouTube é facílimo de achar esse tipo de vídeos, e você pode encontrar os links para modelos de ensino médio na barra lateral do nosso humilde blog :)
Qualquer dúvida, nos contate via correiodiplomatico@gmail.com, ficaremos mais do que felizes em lhe ajudar!
Edição de vídeo virou pré-requisito para direção de comitê.
ResponderExcluirMovie Maker e Sony Vegas (pros mais profissionais) agradecem. (:
Rapaz, muito bom post. Desde a primeira vez que vi um vídeo numa situação de crise, me tornei fanático pelo uso da tecnologia em simulações.
ResponderExcluirA primeira vez que ajudei a fazer crises mais "teconlógicas" foi na SiEM I (2006), em que filmamos toscamente os diretores de comitês na pele dos mais diversos chefes de Estado e líderes militares. Pra completar, fizemos uma dublagem ainda mais tosca por trás dos personagens. Também gravamos programas de rádio para os comitês mais antigos, e quase todos os delegados da primeira SiEM experimentaram uma ou outra das nossas amadoras produções.
Naquela época, usamos uma câmera antiga, e tudo foi feito de forma bem amadora, mesmo para os precários padrões modeleiros. De lá pra cá, a coisa evoluiu muito rápido. Na SiEM 2007, apresentamos o famoso Testamento de Stalin, feito em Moscou pelo camarada Napoleão, e no MONU do mesmo ano já usamos vídeos "reais", produzidos em Hollywood ou captados da TV, para fazer as crises da SCO. No mesmo comitê, ainda fizemos uma conferência de vídeo (não muito bem sucedida) com o Wagner Artur, diretamente da Holanda.
Hoje, quase dois anos depois, a coisa está muito mais difundida, e quase todos os modelos abusam dos vídeos (originais e reeditados) para divulgação e para as crises. Sou um entusiasta confesso dessa onda, e acho muito legal que a tendência se difunda cada vez mais!
Abraços para todos!
Uma coisa que eu ainda estou para ver são conferências virtuais mesmo, mas acho que isso é algo que merece uma discussão completamente à parte...
ResponderExcluirAlgumas semanas atrás eu participei de uma mini-simulação organizada pelo Cedê, um gabinete do Obama no dia da posse dele. Fui um jornalista e o Ahmadinejad interagindo com o Obama (Nogueira) via Skype. Achei que funcionou muito bem, mas quanto falta ainda para podermos fazer algo completamente não-presencial? Vídeo-conferências são coisas corriqueiras em reuniões empresariais e quiçá diplomáticas, por que não simulações? Deve ter um jeito de contornar os problemas técnicos disso.
Acho que a principal limitação das videoconferências é a própria internet... Nem sempre a banda é larga o suficiente, e WiFi é uma m*rda f*da para streaming de áudio e vídeo (tem muita perda de pacotes entre o ponto de acesso e o computador).
ResponderExcluirAcho um desrespeito terem ignorado o vídeo de divulgação da SiEM 2009 "O sonho de ser Stálin":
ResponderExcluirhttp://siem2009.blogspot.com/2008/12/o-sonho-de-ser-stlin.html
Thomás, realmente esse vídeo figura nos mais altos lugares no ranking dos vídeos modelísticos. Oscar pra ele huahuauhuhauhauha
ResponderExcluirE sim, eu sou um adepto confesso da dupla Sony Vegas + Criatividade. Se adicionar noites mal dormindas finalizando o vídeo então... garantia de sucesso nos comitês.
Não sei bem quando começaram os vídeos em modelos. No começo eram basicamente pronunciamentos amadores para crises - vi coisas assim já no MONU 2002, quando o Chris Hoffmann interpretou um árabe macarrônico, e na SOI 2004, com interpretações magistrais do JP Madruga e do Hélio Maciel, se não me engano.
ResponderExcluirDurante um longo tempo, vídeos eram mormente um elemento de comédia modeleira, ainda que anunciassem crises cataclísmicas e situações tensas. Foi exatamente o caso da SiEM 2006, que o Ortega citou. Alguém lembra do discurso sobre as Falkland com a Bruna Pretzel, que é pequenina, dublada pelo vozeirão de taquara rachada do Adriano Gaúcho, numa interpretação surrealista da Margaret Thatcher? Aliás, onde foi parar aquele clip??
Enfim.
Com o tempo, os clips ficaram mais profissionais. Alguns são excelentes. Confesso que acho certos vídeos de encerramento melosos, repetitivos e longos demais. Mas outros são brilhantes. O importante, nesta altura do campeonato em que os modelos proliferam como células que fazem mitose, é manter a originalidade.
Thomás, realmente hilário esse clip do Hitler! Ainda não tinha visto.
ResponderExcluir(por sinal, o vídeo do Testamento do Stalin tem quase 1500 views no YouTube!)
Só acho que tudo tem limite.
ResponderExcluirTeve um delegado no AMUN que trouxe um pronunciamento de um líder chinês falando em mandarim. E depois começou a falar como se estivesse traduzino. Deve ter sido engraçado, mas acho um pouco ousado demais, por assim dizer.
Ah, com certeza, o vídeo do "Quero ser Stálin" já é um clássico modelístico. Só não botei porque fiquei com medo de entulhar o post de vídeos.
ResponderExcluirTraduções fake, eu acho, são válidas... JP já fez um vídeo sobre uma suposta invasão russa a Kosovo tendo como base uma reportagem russa sobre a KFOR, e usou legendas para completamente modificar o sentido da reportagem.
Kosovo não, Abkhazia. Mas as imagens eram das tropas russas da KFOR.
ResponderExcluirUma coisa é um diretor usar um vídeo qualquer com legendas para apresentar uma situação. Considerando a disponibilidade de imagens e o fato de que não é todo mundo que fala russo ou chinês, eu acho que isso é válido.
ResponderExcluirMas outra coisa é um delegado usar um vídeo e criar sua própria tradução para provar ou dar força ao seu argumento. Isso pessoalmente eu acho errado; pode até ser algo verossímil o cara no vídeo falar o que o delegado alega que ele fala, mas ainda assim é usar uma fonte que, de fato, não existe. Ou ele procura algum pronunciamento que diga o que ele quer ou ele simplesmente não usa vídeo nenhum e assume o que está dizendo...
1. Viva os vídeos!
ResponderExcluir2. Pereira: em resumo, soberania é a capacidade de declarar exceções; a mesa é soberana; ela pode tudo, os delegados não! =p
3. Pra Rússia invadir Kosovo, tem que passar por cima de boa parte da OTAN =p !
3.1. E foi exatamente isso o que aconteceu no TEMAS 2006... Em outros modelos também, quem sabe?
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