por Philip Hime
A informática aplicada aos modelos, até agora, foi grande aliada de delenerds e outros delegados que acham extremamente antiecológico, além de anti-prático, carregar trocentas folhas de papel na pasta. Na minha curta experiência modelística, venho observando a grande expansão do uso de recursos tecnológicos como auxílio aos debates.
É inegável que laptops são uma verdadeira “mão na roda” de qualquer delegado em qualquer comitê. Desde os mais tradicionais comitês até os mais exóticos, as pequenas máquinas sempre têm espaço para serem utilizadas, seja como maneira de consulta de dados ou como mera agilização de entrega de documentos à mesa.
Mais recentemente, no II SIMUN, os delegados puderam ver em primeira mão o que talvez seja o futuro da informática nos modelos. Havia uma rede WiFi que oferecia acesso à internet para laptops dotados de tal tecnologia, mas infelizmente não funcionou por problemas técnicos. Somente no G8 Summit, das doze duplas presentes, cinco tinham pelo menos um laptop (se não me engano) que, somados aos os dois da mesa, totalizavam nada menos que oito computadores. Junte-se a isso a disponibilidade de uso de um “data show”, uma impressora multifuncional para entrega quase imediata dos documentos e pendrives para todos os lados; temos um comitê altamente informatizado, no qual o fluxo de informações entre delegados e mesa é tão frenético que torna desnecessário o tradicional debate não-moderado “para aguardar a resolução que está sendo fotocopiada”.
Isso, no entanto, me fez pensar em um lado mais escuro dessa tendência. Fora os comitês históricos, que, em sua maioria, não permitem o uso de máquinas futurísticas como computadores, laptops, celulares e afins, será que no futuro todos os delegados estarão escondidos atrás de telas de LCD? Talvez a situação, hoje orwelliana, de cada delegado olhando para sua tela enquanto outro discursa leve à perda de um pouco do calor do debate. Talvez transforme delegados em máquinas cuspidoras de DPs e dados estatísticos, deixando de lado um dos pilares fundamentais dos modelos: o desenvolvimento da capacidade de argumentação, da oratória.
Estou longe de ser um neo-ludista, pelo contrário. Sempre fui a favor da informatização dos trabalhos dos comitês como maneira de agilizar o debate. Mas somente o tempo dirá se isso terá um impacto positivo ou negativo no conteúdo das discussões em si. Como se manifesta a comunidade modelística sobre esse assunto?
É inegável que laptops são uma verdadeira “mão na roda” de qualquer delegado em qualquer comitê. Desde os mais tradicionais comitês até os mais exóticos, as pequenas máquinas sempre têm espaço para serem utilizadas, seja como maneira de consulta de dados ou como mera agilização de entrega de documentos à mesa.
Mais recentemente, no II SIMUN, os delegados puderam ver em primeira mão o que talvez seja o futuro da informática nos modelos. Havia uma rede WiFi que oferecia acesso à internet para laptops dotados de tal tecnologia, mas infelizmente não funcionou por problemas técnicos. Somente no G8 Summit, das doze duplas presentes, cinco tinham pelo menos um laptop (se não me engano) que, somados aos os dois da mesa, totalizavam nada menos que oito computadores. Junte-se a isso a disponibilidade de uso de um “data show”, uma impressora multifuncional para entrega quase imediata dos documentos e pendrives para todos os lados; temos um comitê altamente informatizado, no qual o fluxo de informações entre delegados e mesa é tão frenético que torna desnecessário o tradicional debate não-moderado “para aguardar a resolução que está sendo fotocopiada”.
Isso, no entanto, me fez pensar em um lado mais escuro dessa tendência. Fora os comitês históricos, que, em sua maioria, não permitem o uso de máquinas futurísticas como computadores, laptops, celulares e afins, será que no futuro todos os delegados estarão escondidos atrás de telas de LCD? Talvez a situação, hoje orwelliana, de cada delegado olhando para sua tela enquanto outro discursa leve à perda de um pouco do calor do debate. Talvez transforme delegados em máquinas cuspidoras de DPs e dados estatísticos, deixando de lado um dos pilares fundamentais dos modelos: o desenvolvimento da capacidade de argumentação, da oratória.
Estou longe de ser um neo-ludista, pelo contrário. Sempre fui a favor da informatização dos trabalhos dos comitês como maneira de agilizar o debate. Mas somente o tempo dirá se isso terá um impacto positivo ou negativo no conteúdo das discussões em si. Como se manifesta a comunidade modelística sobre esse assunto?
** Texto enviado por Philip Hime, 18 anos, Direito na PUC-Rio
(envie seu texto você também através do e-mail correiodiplomatico@gmail.com! )
Phil, se tu não quiser pode me dar o teu notebook. A mesa agradeçe XD
ResponderExcluirO Philip levantou com estilo um assunto bem importante e longe de ser resolvido. Se esse problema começa a emergir no Brasil, onde notebooks ainda são caros e raros, imagine na Europa e nos EUA, onde 90% dos modelistas (sem exagero) possuem laptop? Foi por isso que o WorldMUN de Harvard tomou uma medida radical e decidiu *proibir* laptops, exceto em unmoderated caucus, para evitar que a informatica distraia os delegados. Claro que isso traz conseqüências negativas para a produtividade do comitê, em termos de working papers e resoluções.
ResponderExcluirQuando enfrento delegados pouco experientes, uma das minhas taticas favoritas é a do tecnocrata. Usar o laptop para massacrar os demais embaixadores com dados, tratados e resoluções anteriores, mesmo que sejam totalmente irrelevantes, é um jeito simples de ganhar autoridade e confundir os outros. O problema é que o comitê fica insuportavel se muita gente fizer isso.
Outro problema: o uso de laptop aumenta dramaticamente as chances de que haja plagio de resoluções passadas. Em compensação, aumenta o realismo, pois fica mais dificil aprovar resoluções absurdas.
Enfim, acho que é preciso adaptar a politica informatica do modelo às caracteristicas de cada comitê. As a thumb rule, creio que laptops tendem a ajudar comitês pequenos e atrapalhar comitês grandes. Em uma AG com 70 delegados, se 40 tiverem laptops e ainda por cima houver Wifi no recinto, o comitê esta perdido, pois vai ficar todo mundo no MSN e no Orkut no meio dos discursos - sim, eu ja vi isso. Mas ter dois ou três laptops entre os delegados pode ser crucial para agilizar o funcionamento de um pequeno comitê de crise ou mesmo gabinete.
Pra terminar, sou VIOLENTAMENTE contra o uso de laptops em comitês historicos antigos, pré-anos 80, como às vezes acontece. Se for pra recriar o passado, tem que levar a sério. Quer digitar documento? Arranja uma maquina de escrever.
Esse problema que Napô mencionou sobre comitês grandes aconteceu na SOI, onde temos Wi-fi, e uma penca de alunos secundaristas checando orkut e usando MSN. Resultado: CAOS.
ResponderExcluirDepois comento um pouco mais sobre a questão. Antes de mais nada, meus parabéns a Hime, e espero que outros sigam seu exemplo e colaborem.
Primeiramente, agradeço a oportunidade de expor minhas idéias neste blog.
ResponderExcluirConfesso que usei o MSN no G8, mas apenas para usar sua ferramenta de diagnóstico na conexão que não funcionava :P
Sou adepto à idéia de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Nesse sentido, aplicativos "MSN-like" seriam muito úteis no âmbito intra-comitê, como alternativa à frenética passagem de bilhetes diplomáticos e gesticulações estabanadas para pedir cessões de tempo. Mas creio eu ser mais fácil dois delegados papearem online sobre a festa do dia anterior do que sobre o documento de trabalho que acaba de ser entregue.
E concordo plenamente acerca da proibição de laptops em comitês históricos situados em épocas mais remotas. Mas creio que disfarces bem feitos de MP3s como rádios e ocultamento de outras modernidades por trás de objetos insuspeitos é perfeitamente válido.
Ah, JP, Shinzo Abe está perfeitamente feliz com seu laptop, obrigado. A mesa não está satisfeita com os restos de pizza dos líderes do mundo? XD
P.S. Peço desculpas por qualquer frase bizarra e/ou erro gramatical, fiz e revisei o texto de madrugada :P
ResponderExcluirHime, não se preocupe com erros e omissões. A equipe revisora do Representatives of the World deixou-os absolutamente intactos =D!
ResponderExcluir2. Ótimo texto e discussão muito pertinente. Como deixar produtivo um comitê lotado de laptops? Eu não sei.
Só sei que eu, um pirralho no mundo dos modelos, me senti profundamente velho no G8. Se vocês observarem, sou o do centro na foto, sem laptop. Acho que fazia parte de 1% do comitê que escrevia documentos à mão.
ResponderExcluirOs computadores no comitê ajudam de fato, mas acho que os computadores de uso pessoal deveriam ser descartados. Uso muito a estratégia dos dados apontada pelo Napoleão, mas todas elas são devidamente anotadas e /ou impressas.Acredito que uso de computadores pessoais dentro do comitê dá oportunidades superiores aos que podem portá-lo, e quebra um pouco a realidade da ocasião, na minha opinião.
Repudio a idéia de num futuro próximo , por exemplo, o correio diplomático seja feito por msn.=P
No mais agradeço pela foto já roubada, que não faço idéia daonde surgiu e parabenizo meu companheiro de Chalé, Phil, pelo ótimo texto e pela boa utilização de seu laptop no G8 Summit xD
Wagner, pena que a CDI ano passado ñ conseguiu usar a rede wifi - teria ajudado mais no quesito documentos, mas até que os livros levados e o guia estavam bem completos. Mas fica claro que alguns tem uma tendência a ñ resistir usar o MSN e afins durante as sessões.
ResponderExcluirMáquinas de escrever e pergaminhos pros comitês históricos fazem parte do clima a ser recriado - aí entro pro coro do pessoal que ñ aceita laptops nesse caso (e desktops só fora do comitê, como foi a CSF da SOI 2005) - aliás, laptops em comitês "históricos" só no Temas Bizarros edição Star Wars/Trek. Voltando às máquinas "tec-tec", o problema delas é que: 1) faz muito barulho na hora da digitação e 2) "delegados estrangeiros" ñ podem levar pq pesa muito - convenhamos, é um trambolho p/ qualquer um, até mesmo os que moram na cidade. Talvez já tendo no local ajude, mas aí são outros 500.
Usados c/ bom senso, é claro que os laptops ajudam horrores a dinâmica do comitê - temos como exemplo claro a UNPO e os zilhões de resoluções feitas (e aprovadas). Até salvar resoluções anteriores e usar o laptop só como fonte de consulta tb ajuda, afinal temos vários comitês cujas resoluções fazem referência aos documentos aprovados anteriormente (e a natureza agradece aqueles que decidem ñ imprimir tantas folhas). Já o MSN servir p/ substituir a troca de bilhetes pode até ser, mas fica difícil controlar que as pessoas conversem c/ gente de fora da simulação ou conversem sobre outras coisas.
Acho que, no fim das contas, o bom senso de cada um pesa muito na decisão de usar ou ñ laptop no comitê - a tecnologia ajuda na própria simulação e é parte inerente do papel do delegado prestar atenção nos debates, documentos e em tudo que estiver acontecendo no comitê. Se ele ñ está disposto a isso, melhor usar o juízo e arrumar outra atividade.
Considero que laptop em comitê faz parte de uma evolução natural das coisas. Não tem porquê impedir o uso ou proibir. Além disso não tem como evitar que o delegado se ocupe com ações não pertinentes ao comitê durante as sessões. Porém, a disponibilidade de internet aumenta as possibilidades de distração dos delegados. Mas agora, sempre irá existir a boa utilização de tecnologia e a má utilização de tecnologia. No limite, os delegados podem se distrair com caneta e papel e não prestar atenção no comitê. Tudo depende do delegado.
ResponderExcluirEu sou daqueles que vai com papel mesmo para o comitê e pronto. Não tenho laptop e mesmo que tivesse não levaria para o comitê. Quanto a natureza e esse papo ecológico, deixa isso pro Greenpeace e outros ecoterroristas.
Acredito que as simulações ocorrem somente através do contato pessoal e a interação de corpo presente faz parte da essência da simulação. A possibilidade de simulação a distância é terrível e transformaria a simulação em alguma coisa que, para mim, não deve ser. A ênfase deve ser no social e na presença na mesma sala.
Os comitês históricos tem que manter suas caracterísitcas históricas. Não faz sentido nenhum os diretores trabalharem a atmosfera do comitê, desde o guia até a sala e um delegado sem noção chegar e colocar um latptop em cima da mesa, ou um celular. Máquina de escrever é uma ótima idéia, mas dá um trabalho enorme. Eu usei máquina de escrever para responder muitas coisas durante o CSN da SiEM 2006, algumas pessoas queriam me matar por causa do barulho. Já no TEMAS 2007, a solução foi um fonte que reproduzia as letras de máquina de escrever, foi tudo mais simples e menos barulhento.
Maquina de escrever tem esse problema, sim, o barulho. Mas ainda acho que vale a pena. E ela tem que ser providenciada pelo secretariado ou pelos diretores (respondendo à Carla) - não tem cabimento pedir ao delegado que traga sua propria maquina.
ResponderExcluirAntigamente eu imprimia dez mil documentos para levar ao comitê, mas hoje prefiro levar o minimo de papéis, e guardar a maior parte dos docs no laptop. Faço isso porque papéis são pesados e porque sou bagunçado, não por qualquer consciência ecologica.
Mas para correspondência diplomatica, nada substitui o bom e velho papel, nada!
Eu esqueci de contar a triste historia do Brizola, que nem todos conhecem. No ano passado, eu era o SG Acadêmico da SiEM e o Ortega era o DG Acadêmico, e entre outros comitês a gente simulou a ECO92.
ResponderExcluirComeça assim. A gente foi divulgar a SiEM no Rio, na SIMUN. Na hora de explicar os comitês pros garotos do CSH, apareceu o delegado americano, que era da Juventude do PDT (!), e nos perguntou algo do tipo "mas vai ter o Brizola na ECO92"? Ao que a gente se entreolhou, hesitou um pouco e respondeu "mas é claro que vai ter o Brizola, com certeza, não poderia faltar!!"
Voltando a SP, a gente decidiu comprar um micro podre de velho para a ECO92, que afinal era o unico comitê da SiEM que poderia ter computadores na sala, além da Imprensa. Fomos a um ferro-velho de PCs e arranjamos um maravilhoso Compaq Presario Pentium 100 MHz, com 8MB de RAM, que nem sequer tinha CD-ROM, apenas disquete, e vinha com um teclado com 90% das letras apagadas de tanto uso! Batizamos o bolido de BRIZOLA. O Brizola da ECO92.
Infelizmente o Brizola também não tinha Windows, o que o tornava meio inutil. Pois bem, arranjamos um CD com o Windows 3.11 for Workgroups (ah!!), mas obviamente não conseguimos instalar porque o Brizola não tinha CD-ROM. Levamos o coitado a uma loja de informatica. Os técnicos ficaram escandalizados com a velhice do Brizola e nos propuseram um monte de upgrades baratinhos. Dissemos não! Queremos Brizola bem-conservado, com gostinho dos anos 90! E pedimos para que os técnicos instalassem o CD-ROM e o Windows.
Lamentavelmente o Brizola também vinha com um HD mofado, que os técnicos não conseguiram consertar. Eles propuseram novos upgrades e disseram que o Brizola (que nos custou cem reais!) deveria ir para a lixeira, entre outras infâmias e calunias.
Resignados, aceitamos a triste situação. O pobre Brizola estava condenado. Ele ficou para sempre na loja de informatica, onde dorme até hoje seu sono glorioso. E a ECO92 ficou sem computador.
1) HAHAHAHAHA =D
ResponderExcluir2) Yama, a foto foi enviada pelo próprio Hime, dentro do .doc.
3) Também sou contra qualquer tecnologia dentro do comitê histórico que ultrapasse o NT (Nível Tecnológico) do próprio comitê. O comitê histórico tem que ser como um filme da época, nada de Napster em 1992 ou celular menor que um tijolo nos anos 80.
Computadores fora da sala do comitê que imprimem documentos em FONTE de máquina de escrever (e sem formatação, claro) são uma ótima pedida.
Sobre laptops in session: se os delegados forem disciplinados, que acontece geralmente em comitês menores, o uso de laptops ajuda bastante na dinâmica do comitê, já que os documentos saem mais rapidamente, os discursos são mais consistentes (escrever anotações de tiro curto é melhor em computadores do que na mão - pelo menos pra mim), e sempre há a possibilidade de acesso à net para consultar uma informação.
ResponderExcluirMas em comitês maiores, isso muda um pouco de figura. Cortar a internet sem fio é uma medida radical para impedir o correio diplomático por MSN (que é um absurdo, honestamente). Mas banir laptops é um pouco radical - os comitês de 170 pessoas do WorldMUN para nós são exceções, logo uma medida dessas não pode valer para nós.
Pra mim o laptop hoje tem algunas funções excelentes:
ResponderExcluirInformação: o lugar onde vc arquiva milhares de docs, podendo até usar uma enciclopédia, dicionários, etc
Anotações: pra discursos ou comentários rápidos, eu pessoalmente nao gosto muito, prefiro o papel
Redação: esse eu acho o mais forte. quem já contou com um sabe o quanto ajuda ter um computador disponível na hora de redigir. Dá até pra dar aquela lobada básica "pode usar meu pc, apenas keep me updated!"
A primeira característica não tem o que contestar. Poupa espaço, poupa peso que vc carregaria, poupa até o danado do meio ambiente.
Pro segundo, eu prefiro o bom e velho papel. Mas convenhamos, não faz mal algum, se o pc tá lá dando sopa, não sei pq não poderia ser usado pra isso.
O terceiro poderia ser suprido com um numero maior de máquinas disponíveis em cada sala, mas isso obviamente tem complicações logísticas.
Fora isso tudo tem a possibilidade de "correio diplomático" por internet/MSN, e a pesquisa online. Ambos são caixas de pandora. Tanto pode sair coisa boa como instituir o caos perpétuo.
Ademais, eu acho engraçado lembrar de que qdo eu comecei, ninguém tinha laptop em modelo, isso só começou a aparecer lá pra 2004, de forma tímida, mais fortemente nos modelos do sudeste.
De qualquer forma, é uma tendência que não pode ser contestada, mas sim regulada.
Sim, é verdade, antigamente ninguém levava laptop em comitê. Mas duas coisas aconteceram: os MUNs ficaram mais sofisticados e os laptops ficaram mais baratos. Antigamente mesmo os "populares" custavam uns cinco mil reais.
ResponderExcluirComo os modelos continuam avançando e os notebooks continuam caindo de preço, essa discussão é urgente mesmo.
Seria o caso de começar a constar nas regras dos modelos? Ou fica sendo mais uma das regras não-escritas de comportamento? Cada comitê deve estabelecer suas diretrizes tangentes aos notebooks?
ResponderExcluirAtualmente é apenas uma bylaw implicita, mas acho que esta na hora de codificar a regra, sim.
ResponderExcluirO TEMAS, que gosta muito de comitês históricos, sabe usar bem as ferramentas mais antigas pra recriar o clima, além de barrar a tecnologia, que nesse sentido, atrapalha. No TEMAS Guerra Fria, em 2005, máquinas de escrever e o famoso mimeografo. Quando não era possível utiliza-los, por vários motivos (barulho, número insuficinte pra satisfazer toda a demanda, etc), usavamos, como o Bartels, a fonte que parece com letra de máquina de escrever. Em Wesphália, improvisamos "penas" e pergaminhos para os delegados e para a produção de documentos e não usamos xerox NUNCA. Tudo isso dava um charme a mais aos documentos, era legal perceber a empolgação não só dos delegados, mas também dos diretores. Sou absolutamente a favor de barrar tecnologia no caso das simulações históricas. No geral, realmente deve prevalecer o bom senso. Quando ele não funcionar para todos, criar certas regras de restrição é a alternativa a ser seguida.
ResponderExcluirMy two cents, atrasados e quase de intrusa aqui:
ResponderExcluir- concordo com o Bartels e a Carla, se os delegados se dispersam a culpa é deles, não do notebook...! Quem acha orkut e MSN mais interessante do que o comitê não deveria estar gastando tempo e dinheiro no MUN.
Então, descartando essa parte da discussão, vejo uma grande vantagem e uma grande desvantagem no uso dos notebooks:
- a vantagem é a quantidade de informação que se pode acessar na hora, desde dados estatísticos até documentos aprovados "de verdade", o que aumenta o realismo e melhora os argumentos no debate sem todo mundo ter que pedir absolutamente tudo à mesa...
- o problema é que, quando só um ou dois delegados têm, eles vão levar automaticamente uma "vantagem", uma "liderança natural" quer não necessariamente deveriam ter - os que têm notebook vão naturalmente ser os que redigem os documentos, os outros vão se dirigir a eles, a discussão vai ser em volta da mesa deles. Até que faz sentido se os delegados em questão forem P5 ou lideranças no tema do comitê, mas eu já vi situações meio surreais de países que teoricamente teriam de lutar pra ser ouvidos virarem os centros e mediadores do debate pq tinham o computador e redigiam os drafts... :/