segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Quadro de medalhas: quem é a melhor delegação?

"Aí ele propôs uma emenda desse tamanho!"

Com os Jogos Olímpicos de Pequim acabando, a maioria deve ter se deslumbrado com o crescimento da China e a evolução de seu desempenho desde os últimos jogos. Enquanto nós brasileiros ficamos sonhando em ter um Phelps, a China conseguiu ser a terceira nação a superar as 50 medalhas de ouro, fato somente alcançado anteriormente pelos Estados Unidos e União Soviética/Rússia. E os seguidores de Mao não só entraram no clube como pegaram a mesa principal: A China fechou os jogos na primeiríssima posição, desbancando os norte-americanos e os russos. Ao menos é isso que eles acham. Nós também. Os americanos não. E o COI diz que não tem nada a ver com isso. Enquanto isso, o Comitê Olímpico Brasileiro esclarece: essa foi a melhor campanha da história olímpica do Brasil. "Como assim?", deve pensar o amigo modeleiro. E o que isso tem a ver com a Modelândia?

É tudo uma questão de contorcer os números e colocar em evidência o que é mais importante, o grupo ou o indivíduo.

O prêmio de Melhor Delegação existe na maioria dos modelos (com exceção do TEMAS ou outros modelos nos quais o conceito de "delegação" não se aplique), e busca, em tese, premiar a melhor delegação daquela conferência. O quê exatamente torna uma delegação a Melhor, é o que trataremos neste post. Na award policy do AMUN encontramos que:
"A 'Best Delegation' award will also be given during the Closing Ceremony. This choice will take into account several factors, including: cohesiveness of the delegations, delegates' individual performances, fidelity to the represented country's image and foreign policy, and member delegates' participation and behavior – individually and as a group – at all times during the five days of the conference."
Por sua vez, o UFRGSMUN afirma que:
"For delegations awards, the individual performances of the delegates will be analyzed from a collective perspective, with regard to the delegation's cohesion and coherence."
A SOI não possui uma política expressa de premiação em seu site desde 2005, quando dizia, de forma extremamente genérica que:
"Adicionalmente, é conferido à delegação que mais se destacou em todos os comitês o prêmio de Melhor Delegação, em uma escolha feita por decisão colegiada de toda a organização do evento."
Essas definições já bastam para aduzirmos algumas características das premiações de melhor delegação: Analisando os conceitos da SOI e do URFRGSMUN, vemos que é uma decisão tomada de forma coletiva ou colegiada. O AMUN não se pronuncia se adota prática semelhante, tampouco esses dois modelos explicitam como seria essa decisão coletiva (por todos os membros do Staff? membros do secretariado? somente diretores administrativos?). A definição da SOI (que eu acho que fui que que escrevi, então digo logo que é culpa minha) não traz muita informação sobre quais os atributos analisados, coisa que as definições do UFRGSMUN e AMUN elaboram melhor. Os gaúchos destacam a coesão e coerência, enquanto o AMUN ainda observa o comportamento dos delegados e seu desempenho individual ao longo de todo o evento.

Prêmios de Melhor Delegação podem ser extremamente contestados, mas gostaria de concentrar a discussão além da subjetividade inerente ao prêmio, muitas vezes considerado até político demais, mas na natureza dessa premiação. O que se busca realmente premiar, quando se confere a uma delegação esse título tão prodigioso? Na minha visão existem duas alternativas: Premia-se o conjunto de melhores delegados ou o melhor conjunto de delegados. A diferença é sutil, e vai bem além da semântica.

O primeiro caso acontece quando a escolha se dá contabilizando qual das delegações possui mais delegados com desempenho individual de destaque. É o que sugere parte da definição brasiliense: a delegação composta pelo maior número de Phelps é a melhor delegação, é o time com craques, que são premiados em seus respectivos comitês. Calcula-se então pelo número de medalhas de ouro. Quem tiver mais medalhas de ouro, leva o Best Delegation/Melhor delegação. É o sistema adotado na maior parte do Brasil atualmente.

A alternativa seria a premiação dada à melhor equipe, o melhor conjunto. Ser o melhor conjunto é justamente como em esportes de equipe como futebol ou vôlei, ter a maior estabilidade e confiabilidade. O futebol, por exemplo, é farto em exemplos de equipes estreladas que se transformam em um apagão. Cada um brilha por si, mas juntos não iluminam ninguém. Muitas vezes uma equipe mais modesta, mas mais coesa e constante pode conseguir um resultado bem mais satisfatório que seus oponentes. Este é, na minha opinião, o sistema que premia quem realmente merece.

A premiação através da coletânea dos melhores delegados é uma convenção preguiçosa que insistimos em manter, mas contradiz o próprio espírito das simulações. Nós, ao buscar a excelência acadêmica, devemos premiar aqueles que a atingem na representação da sua delegação. Em uma análise coletiva, é imperativo que se analise o que cada elemento do grupo conquistou. Como todos sabemos, relações internacionais não são formadas por eventos isolados, mas por uma realidade em que fatos convergem e influenciam diversas áreas ao mesmo tempo. Uma delegação que teve 75% de sua representação brilhante mas uma parcela irreconhecível jamais deveria ser premiada, não importando que o resto tenha feito um trabalho excelente. Aquele delegado que pisou na história e tradição de sua nação comprometeu seus esforços diplomáticos, aquele Estado saiu daquela conferência com uma representação irregular. Por mais que isso possa acontecer na vida real, lá não há prêmio. E, se houvesse, creio que deveria ser concedido às nações que avançaram menos, mas avançaram sempre. Passos pra frente, nenhum passo pra trás.

Deixando minha opinião de lado por um instante, o que existe é o mesmo dilema do quadro de medalhas das Olimpíadas. Vários veículos midiáticos norte-americanos colocaram os Estados Unidos no topo do ranking por ter um número maior de medalhas no geral. O resto do mundo, basicamente, colocou a China, considerando que o ranking é medido pelo número de medalhas de ouro. Qual a grande diferença, além do resultado? O primeiro critério considera que medalhas tem um valor aproximado, independente de suas cores. O segundo afirma que a melhor delegação olímpica é aquela formada pelo maior número de delegados campeões, esportistas em destaque.

A diferença entre o exemplo olímpico e a modelândia é que no caso esportivo não se exige coerência com a delegação. A competição olímpica é de caráter eminentemente individual (salvo no óbvio caso dos esportes coletivos). Nas olimpíadas o seu desempenho não tem rigorosamente nada a ver com o de um atleta de outra modalidade, e seu único vínculo são as cores de sua bandeira e, provavelmente, o bloco de carnaval que vocês desfilam na cerimônia de abertura e encerramento. Ao meu ver, é forte o argumento pelo qual os jogos olímpicos ressaltam a importância de se competir, não de ganhar. Logo, a delegação que participou de mais pódios competiu mais e melhor do que aquela que compareceu menos, mesmo que no lugar mais alto mais vezes. Mas na modelândia, esse argumento é incisivo e, ao meu ver, definitivo: a delegação possui um vínculo de coletividade que ultrapassa o bom desempenho individual. As cores da bandeira que enfeitam broches de lapela unem todos os delegados em um trabalho de equipe que deve ser estimulado, inclusive através dos prêmios. Precisamos avançar do método de premiação matemática que diz que a melhor delegação é aquela que ganhou mais prêmios. A melhor delegação é aquela que representou melhor os interesses do seu país em TODA a conferência. Onde esteve presente, foi bem representada.

Se essa meta é difícil de ser mensurada, aí são outros quinhentos. O que importa é repensar nossos conceitos e enfrentar a realidade que, se queremos formar boas delegações, e de fato estimular as habilidades de trabalho em equipe que buscamos, é o caminho a se seguir.

Uma das primeiras histórias que ouvi, na minha infância modeleira, foi sobre como dois delegados da UFRN conseguiram, certa vez, em um AMUN agora longínquo, fazer dois unmoderated caucuses em seus comitês ao mesmo tempo para negociar simultâneamente entre os dois comitês. Então dois comitês separados viraram comitês em dupla, por um breve espaço de tempo. Certas concessões e negociações foram feitas de forma conjunta, cedendo aqui pra ganhar ali. Como poderiamos favorecer essas práticas? Precisamos inventar novos instrumentos pra favorecer o verdadeiro trabalho de equipe? Ou será que caminhamos rumo ao domínio dos Galácticos?

Já dei minha opinião. E vocês, o que acham?

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Como (não) acabar com seu modelo

- This is the end. My only friend, the end...

Tendo em vista que que os encerramentos em modelos brasileiros têm sido verdadeiras epopéias - dá pra ler os Lusíadas inteiro durante um encerramento médio de modelo - resolvemos reunir algumas dicas para realmente ACABAR com seu modelo, pra não ficar nenhum delegado reclamando (nem presente). Afinal, um dos (muitos) lemas deste blog é "se for fazer, alopre!".

1 - Quem se importa com horário?
Que é isso gente, isso é Brasil. Ninguém faz nada na hora mesmo. Marque o encerramento pras 15 horas, mesmo sabendo que a metade dos comitês não vai acabar a tempo. É bom que força o povo a dar uma acelerada básica. E se atrasar um pouquinho, não tem problema nenhum, já que o Staff ainda vai estar fazendo os prêmios na hora, é bom que dá uma enrolada básica. Conscientize-se, isso é Brasil.

2 - Essas são suas 8 horas de fama, abra o seu coração!
Vamos lá, você passou meses trabalhando por esse modelo, gastando tempo, dinheiro, ignorando sua família, seu namoro, seus amigos, a Igreja, o Greenpeace, o clube de futebol, a África, a novela e tantos assuntos tão importantes! Nada mais justo que agora, tendo alcançado o cume, você possa olhar pra baixo e despejar torrentes de amargura que inundam seu coração. Fala que o auditório todo te escuta. Pode contar das pessoas que não acreditaram em você, da labuta diuturna incessantemente travada, daquele dia que vocês foram comer pizza e o pneu furou. Fique à vontade, tá todo mundo aí, assistindo, feliz da vida, só por causa do seu trabalho. Ilumine-os com a beleza do seu coração, todos te amarão ainda mais. Ah, e se sentir uma vontade incontrolável de chorar, chore. Chore muito. Todos se sensibilizarão com suas lágrimas e se juntarão a você em imenso abraço coletivo de congratulações mútuas e declarações pungentes. Não há vergonha em ser emo!

3 - A beleza das coisas está nos detalhes.
Você sabia que o papel da capa do guia de estudos tem gramatura 25? Você sabia que quase só colocou Eslováquia em vez de Eslovênia naquele comitê porquê a bandeira é mais bonita? Não sabia? Não acredito, como você vivou sem saber disso! Todo mundo sabe que delegados ADORAM saber detalhes, especialmente os administrativos. Organize uma agenda com todos os afazeres logísticos de todos os dias de simulação para, ao final, gloriosamente, declamá-los em redondilhas serenas. A galera irá ao delírio. Pessoal do acadêmico: fale sobre o intenso processo de correção dos guias! Vamos transformar o Grand Finale em um Very Best, Greatest Hits E Making Of ao mesmo tempo! Aproveite seu discurso bem para fazer os delegados se sentirem em casa, tenho certeza que será uma experiência extasiante.

4 - A retórica como uma arma de destruição em massa.
Prepare seu discurso de encerramento com meses de antecedência, só pra chegar no dia jogar tudo fora e dar vazão ao seu coração (vide tópico 2). Mas se mesmo assim você ainda lembrar de algo que originalmente iria dizer, aqui vão algumas sugestões: não esqueça de agradecer a todos os membros da organização um por um (afinal, como mais eles saberiam que você aprecia seu trabalho?) Cada discurso deve agradecer a todos os membros da (imensa) mesa, a Deus, a Xenu, ao Modeleiro Original e a todos os santos da Igreja Católica (nominalmente e em ordem cronológica, pelo dia do ano), não vamos fazer desfeita com ninguém. O discurso nunca poderá ser preso pelas amarras da contingência: se você tem algum ideal ou idéia que não seja diretamente vinculada ao modelo, não tem problema, todos vão entender. Mais uma razão pra você falar, ninguém tá nem aí pra isso mesmo, agora sim, todos vão mudar suas vidas! Aproveite o ensejo e difunda suas convicções políticas, sociais, sexuais e alimentares, só assim viveremos em uma sociedade mais aberta. Cada diretor de cada comitê deve falar, dando sua visão particular desse evento tão multi-facetado que é uma simulação das Nações Unidas. Garanto que após todos esses cuidados, ninguém vai resistir: a platéia estará aos seus pés.

5 - "O que é, o que é, vota com os Estados Unidos e só abstém se quiser?"
Todos adoram jogos, essa é uma verdade universal inquestionável. O ser humano tem uma necessidade inerente por atividades lúdicas. Assim, aproveite a hora dos prêmios pra fazer um joguinho adorável cujos participantes serão centenas de delegados empolgadíssimos! Funciona assim: Vai lá o diretor entregar o prêmio. Ele pega o certificado, faz uma cara de mistério e começa a descrever o delegado premiado: "Ele foi muito importante pro comitê, trabalhou com afinco na redação de documentos e cumpriu bem sua política externa". Aí rola aqueles 5 minutos pra galera conjecturar. Notavelmente, 10 delegados do comitê se acham presidenciáveis, a corrida é dura mas tá todo mundo no páreo. O diretor quebra a tensão se aproximando do microfone enquanto olha pro certificado pra tentar ler aquele nome completo tão estranho, diferente de "Suazilândia" pelo qual o delegado é conhecido. Silêncio sepulcral. Mais 5 minutos de consultas. Então o diretor fala o resultado, e todo mundo fica feliz! É só repetir isso com cada prêmio em cada comitê, assim teremos mais de 40 rodadas do jogo e todo mundo vai ter sua chance de ser presidenciável e conjecturado! O modelo vai quase-premiar quase todo mundo! Somos todos campeões! É quase um Amigo Secreto/Oculto, só que Amigo Premiado!

6 - Uma só voz, um só coração, uma só mensagem
Finalmente, uma coisa que você jamais deve esquecer. Enfatize a cada instante possível, nem que seja entre dois espirros da pessoa que está discursando, que foi um prazer estar com todos, que os delegados são o máximo, que as discussões foram um sucesso, que Ronaldo está magro, que a economia vai bem, que a Rússia não tem intenções imperialistas, que espera ver todos de volta e que é muito bom mudar o mundo. Lembre-se, repetindo sempre, a cada instante, você fixará essas verdades universais no subconsciente do seu eleitorado modeleiro. Todos estarão de volta ano que vem, sedentos por mais pedaços de otimismo, em um mundo tão sombrio e entediante. Faça o teste!

Delegados DURANTE o encerramento do ModeleiroMUN

Por enquanto é só, pessoal. Essas foram apenas algumas dicas de como acabar BEM com o seu modelo. Terminar em alto estilo e fazer questão de não deixar pedra sobre pedra. Se você tiver mais sugestões, pode falar! Se você adorou as sugestões e quer ainda mais, veja os comentários! Ou simplesmente repita essas dicas. Pode ter certeza que seu modelo será lembrado por um bom tempo!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Os tipos da Modelândia

Após o último post do Artur sobre o que são erros e o que não são, conversamos um pouco pelo MSN sobre estilos de simular e modelar e como isso também leva a interpretações diferentes daquilo que é certo ou errado.


Conversa vai, conversa vem, chegamos a uma série de tipos weberianos de modeleiros, com comportamentos orientados de acordo com uma certa visão de mundo ou de trabalho e definidos de acordo com a nossa experiência coletiva em outros modelos. Provavelmente há outros tipos, e gostaríamos de ouvir de vocês leitores se acertamos na mosca, se erramos ou se falta algum tipo. Vale dizer também que um delegado nem sempre é de um único tipo, pois eles não são mutuamente excludentes (salvo pelos tipos Revisionista e Purista, que o são por questões lógicas).


Cada um dos tipos pode ser mais ou menos participativo, mais ou menos agressivo, mais ou menos negociador, mais ou menos tagarela. Os tipos estão principalmente relacionados aos objetivos que um indivíduo tem quando vai a uma simulação e não aos meios que ele usa (embora no último tipo, o Competidor, esta divisão seja bem tênue).



power_rangers 1.jpg


Tipo 1: Burocrata


Este é o tipo de delegado(a) que se preocupa em seguir à risca sua política externa e as formalidades da apresentação desta política, muitas vezes discutindo e se portando de forma mais próxima à de um burocrata, sem os theatricals costumeiros de alguns outros tipos de modeleiros. É, de certa maneira, o tipo mais conservador de delegado, talvez o mais comum (quem ainda não conhece os meandros da Modelândia preferirá manter as coisas simples, também).


Tipo 2: Bom-Mocista


O(A) delegado(a) bom-mocista se preocupa mais com o bem maior da coletividade em detrimento dos interesses individuais da nação representada. É um tipo bastante comum em comitês direcionados para questões de desenvolvimento ou direitos humanos. Sua atuação costuma uma das manifestações mais comuns de opiniões pessoais se sobrepondo aos interesses nacionais.


Tipo 3: Resolucionista


Abordado anteriormente neste blog, o resolucionista é o tipo de delegado que quer porque quer que uma resolução sobre o tópico seja aprovada a qualquer custo, mesmo que isto signifique sacrificar interesses importantes. É o único tipo que se aplica também a diretores.


Tipo 4: Materialista


O materialista é aquele que busca de alguma forma um resultado concreto ou material para os tópicos sendo discutidos. Declarações, resoluções e acordos de cavalheiros não bastam: tem que ter algum resultado real. O tipo inclui principalmente aqueles convictos em criar um fundo ou comissão ou grupo que deva analisar a questão sendo discutida. Também se incluem aqui aqueles delegados que querem fazer contribuições de tropas ou fundos para uma determinada missão. De certa forma é um resolucionista mais específico, mas nem sempre precisa ser.


Tipo 5: Sofista


O principal objetivo do delegado sofista é provar que ele e seus argumentos estão corretos. Não importa se isso significa aprovar algo ou travar o debate, ser agressivo ou ser pacifista; o objetivo do sofista é provar que o resultado que ele está propondo é o correto para seus interesses e para o dos demais. É um tipo complexo de delegado pois inicialmente ele pode ser qualquer dos outros tipos; sua característica principal é a persistência em conseguir o resultado desejado.


Tipo 6: Purista


Um tipo muito mais visível em simulações de situações históricas, o purista é o que se preocupa em repetir aquilo que acontece ou aconteceu na vida real por acreditar que qualquer outro resultado seria implausível e, portanto, descaracterizador de uma verdadeira simulação. Desta forma, ele resolve play by the book apenas, simulando em um sentido bastante estrito, por assim dizer.


Tipo 7: Revisionista


Da mesma forma, há também o tipo de delegado que quer tudo menos repetir a história. O delegado fará tudo ao alcance de sua representação para justificar decisões que foram diferentes do que aconteceu ou acontece na vida real, buscando manter-se ainda no campo da plausibilidade ao fazê-lo. Embora muitas vezes isso possa ser feito de maneira aceitável, o potencial para desvios muito grandes da realidade é considerável, fazendo de um revisionista descuidado um tipo perigoso para simulações históricas.


Tipo 8: Competidor(a)


Um tipo aplicável principalmente a modelos que possuam prêmios para conceder. O delegado competidor faz uso de truques e métodos que têm como único objetivo o ganhar um prêmio. Embora em muitas medidas se confunda com um vendido clássico, lembremos que o vendido não é necessariamente um tipo de delegado, mas sim um método ao alcance de qualquer dos tipos acima. O competidor, de certa forma, aperfeiçoou (ou incorporou) a vendidagem de tal maneira que ela se tornou um fim em si mesma, fazendo com que os objetivos tradicionais de uma simulação se percam em detrimento do desejo pelo prêmio.


Evidentemente, esta lista não é fechada, nem definitiva; queremos saber das suas opiniões também - se concordam ou discordam com as definições, se falta algum tipo... Mandem bala!