quinta-feira, 3 de maio de 2007

Pais e MUNs

Que atire a primeira pedra aquele cujos pais entenderam o que são MUNs quando da primeira vez que participou de um.

*whoosh*

"AI! Isso dói!"

Não sei quem atirou, mas gostaria de saber qual foi a proeza ou a palavra mágica que foi dita para convencer tão rapidamente os pais de que MUNs são atividades valiosas. Eu até hoje não consegui fazer minha mãe entender direito o que se passa em uma conferência dessas (embora eu ache que isso irá mudar em breve, assim que ela ver como será a SiEM).

Qual é a abordagem que vocês, leitores modeleiros, usam para explicar para um completo leigo o que é um MUN? Gostaria de ouvir nos comentários...

11 comentários:

  1. Olha, eu acho que com o tempo consegui explicar pro meu pai e pra minha irmã (mas não pra minha mãe) o que são modelos da ONU. Demorou, mas quando eu trabalhei sobre isso, na UNA-USA, eles acabaram entendendo.

    Em compensação, meu pai não entende muito bem porque eu continuo fazendo MUNs no meio do mestrado, ja que eu não vou ser diplomata. Como eu pago minhas viagens, ele não reclama muito, mas acha meio esquisito!

    Sobre a formula para explicar... Isso depende do ouvinte. Pra pais pragmaticos, recomendo falar dos ganhos profissionais dos MUNs: capacidade de retorica, negociação, defesa de interesses e procura de consenso, futuros contatos profissionais, conhecimento da ONU e das RI e principalmente (pros moçoilos) a arte de fazer o nó da gravata sozinho!

    Pra pais mais sensiveis, o negocio é falar dos valores da ONU, dos direitos humanos, tolerância, democracia e todas essas coisas que não existem. Talvez eles não entendam direito, mas certamente vão achar nobre.

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  2. essa sua última explicação foi a que Fernanda Perez disse pros pais, né?

    Olha só, eu desenvolvi um conceito que eu usava na divulgação da SOI 2003, e até hoje quando alguém me pergunta o que é um modelo e eu tou sem saco pra responder com qualidade eu só repito o mantra:

    "É uma simulação das nações unidas em que estudantes universitários se reúnem em uma conferência para debater temas relevantes da agenda internacional"

    Eu já decorei essa frase de tal forma que falo sem nem, pensar. É imprecisa, mas eu acho que dá um bom overview da modelagem.

    Essa questão de como explicar modelos é realmente algo importantíssimo, e é uma das coisas mais importantes a se pensar se queremos expandir nossos horizontes da modelândia. Qual enfoque que devemos usar?

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  3. Pra minha mãe eu nem explico, ela está acostumada a ficar confusa comigo, de qq jeito. Pro meu pai eu expliquei td nos mínimos detalhes, e, como o sonho da vida dele é que eu seja diplomata, ele ainda pagou minhas passagens pro meu primeiro AMUN ;p
    Mas hj em dia a novidade passou, eu que pago td e na volta ele diz "*outro* modelo"? Quer dizer, dizia, pq agora eu sou uma aposentada.

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  4. é o que todos dizem...

    curiosamente comigo também não demandou NENHUMA explicação no primeiro:

    - Pai, posso ir a um congresso (!) de estudantes em Brasília? (já mentalizando qual seria o argumento de recurso contra um não monumental)

    - Sim, só diga a data.

    - HÃ???

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  5. Se vocês acham que é dificil explicar aos pais o que é um MUN, imaginem ter que fazer isso com professores e alunos de escolas publicas ultraperiféricas que ficam no meio de favelas, morros e até florestas dentro da cidade de São Paulo (sim, isso existe)... Nisso o Global Classrooms foi absolutamente insuperavel!

    Eu lembro do tradicional tripé dos modelos, que não preciso detalhar aqui:

    - Ganho profissional
    - Ganho acadêmico
    - Ganho pessoal

    A expressão "lideres do futuro" também é um belo golpe de PR.

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  6. Eu acho que meus pais entenderam de primeira quando eu expliquei. Mas meu pai até minha segunda ou terceira simulação achava que eu ia pra defender o mesmo país e debater o mesmo tema.

    Para os meus amigos, eu dou a explicação default, que é uma reunião de vários estudantes defendendo a posição de diferentes países-membros da ONU acerca de um tema pré-definido. E que nós temos que usar terno.

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  7. eu simplesmente disse pros meus pais que seria delegada no III MIRIN na tal Agência Internacional de Energia Atômica que, até então, tinha sigla impronunciável pra mim, e que precisava comprar roupas formais. meus pais entenderam de primeira o que era um modelo, e acharam o máximo, sempre incentivando minhas participações.

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  8. Com a minha mãe foi bem tranqüilo explicar e ela sempre foi do tipo de incentivar atividades extracurriculares (é mais questão de eu mesma demonstrar interesse em alguma coisa do que a possibilidade dela proibir). Ela ainda banca minhas viagens (nada de emprego p/ mim, por enquanto :( ) e ao menos pede que eu tenha critério - se eu acho importante p/ meu futuro profissional, ela dá total apoio e tb ñ pede grandes explicações.

    Já faz alguns anos que o que ela pede é que eu me controle ao participar da organização do modelo daqui (na verdade, ela quer que eu ñ participe da organização desde 2005!) pq acabo me envolvendo demais e trocando prioridades (considerando que muita gente "envolvida" no projeto ñ ajuda em nada): no 2º semestre do ano passado, por exemplo, o simulado foi minha prioridade em detrimento da monografia. Esse semestre agora eu deixei o modelo de lado e estou terminando a mono, mas já me pediram p/ intervir algumas várias vezes (irei ajudar, mas só depois do depósito do trabalho).

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  9. Pra minha mãe até foi simples de explicar. Não que ela tenha sido totalmente a favor ou algo do tipo, pelo contrário, ela achou lindo, só que pensou também que não era o momento certo. Resultado: Muita, mas muita diplomacia.
    Agora com o colégio... Bem, até hoje eu tento explicar...hahaha... Venho batalhando pra divulgar os MUNs aqui no Ceará. E olha, acaba sendo quase como a experiência da Global classrooms.
    É até meio absurdo, pensar que é mais dificil explicar o que é um MUN, os ganhos que ele proporciona e a importância dele pra o individuo e a sociedade pra um bando de adultos já formados e com uma certa noção de mundo do que pra pré-adolescentes e adolescente que ainda estão começando a pensar de forma mais madura.
    Pacimônia... Muita pacimônia...

    Naiana.

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  10. Eu sou a única pessoa que só precisou dizer pros pais "vou discutir coisas interessantes da agenda internacional / vou dirigir um comitê sobre História do Brasil"?

    A explicação bastou. Eles simplesmente acharam legal.

    Mas depois que eu comecei a perder férias por causa de estudos pra modelos, houve uma certa resistência por parte da minha mãe. E eu também percebi que não sirvo pra isso.
    Diretoria rules.

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  11. hahahaha, minhas tias acham até hoje que a ONU me chama para participar destes eventos.

    Agora pro SIMUN, dia 7 no Rio, só faltava elas acharem que o Japão vai pagar minha passagem pra lá =P

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